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Seu corpo, se de noite eu o tocasse
Era a curva da Terra, ou parecia.
Cada beijo que eu desse em sua face
Logo rompia, nele, a luz do dia!..
E, como morna cinza que restasse
Do fogo que aos dois juntos, aquecia,
Seu corpo após beijado, se o beijasse,
Tornava a pegar fogo, logo ardia!..
E, quando, fatigado pelo amor,
Seu corpo contemplava, adormecido
Na postura, fazia-me supor
O tronco duma árvore, caído,
Que, após o muito fruto e muita flor,
Caíra ao chão, depois de ter florido!..
Forentino Alvim Barroso, In " Vento e Ventanias"
( Como homenagem a Tio Poeta que ainda não julga sê-lo...)