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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Amizades

As palavras colam-se no peito, engasgando o coração...
Mas sorrimos, quando de entre abrolhos que nos picam  a alma  como estiletes de ferro, aparece uma flor com pétalas de seda entre os cardos da vida!
...E quando me disserem que as amizades aqui são virtuais, aqui deixo o testemunho de uma amiga autênticamente verdadeira que fez o brinde com água do oceano!
...e o sal misturou-se com a minha terra de mar...
...e secaram palavras!
Obrigada Leninha!




terça-feira, 25 de outubro de 2011


 
Teu sorriso percorria os caminhos do vinhedo e o som de tua voz encantava os passarinhos.Criança alegre e que sentia "o tempo caindo como pétalas cansadas de flor vazia" e que "entrava no baile das vindimas,colhendo lágrimas que eram também sorrisos",adentraste a juventude e a maturidade sem sentir o peso dos anos vividos porque "o peso não diminuia o sorriso pois era o peso da alegria que não pesa."

Hoje é teu aniversário e eu gostaria de mandar instalar,como o Poeta,um alto falante,perto de tua janela para que os cantos dos passarinhos fossem ampliados e te acordassem,como uma sinfonia da natureza em tua homenagem...e meu desejo é que as flores de teu jardim se abram e exalem um doce aroma à tua passagem e que a claridade do sol ilumine o teu caminho e te deseje um bom dia...e que este dia seja luminoso e só te traga alegrias.

Para Manuela


sábado, 8 de outubro de 2011

Soneto




             
Quem sou eu, donde vim, para onde vou?
Serei quem sinto ser-me, quando sinto?
Ou eu serei apenas esse absinto
Que outro bebeu e a mim me embriagou?

Como a loucura, transtornado estou,
Confuso e torvo como um labirinto.
Ao pressentir, porque me pressinto,
Eu não sei se sou eu, ou se não sou.

De que consiste a minha realidade?
Um fantasma que surge e me intimida
Como a mentira em face da verdade?

Página à toa lida e decorada,
Com palavras vãs se explica a Vida,
Se a ignorância não explica nada?

                                Florentino Alvim Barroso, "Vento e Ventanias"

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Gerês

 Serra do Gerês-Foto Minha



 A serra do Gerês

 Não há serra mais linda nem mais bela
Do que a minhota serra do Gerês.
É tão formosa que a beleza dela
Nos prende como um jogo de xadrez.

 Se os nossos olhos nós fitamos nela
Sem fala nós ficamos muita vez.
Parece pincelada numa tela
Uma pintura que um pintor lá fez.

 Não há serra mais linda que esta serra.
Até Deus p’ra fazer o Paraíso
Levou a cópia dela cá da Terra!
 
Por isso, com amor, sempre a diviso.
E, dirá bem e quem disser não erra:
A vê-la não se escreve, é de improviso!...

                                                          Florentino Alvim Barroso, "Vento e Ventanias"

  

sábado, 1 de outubro de 2011

Despertares



      Despertares

Enquanto o sol nascia
despertava a madrugada
da noite que expodia

                       Manuela Barroso, "Ensaios Poetrix-cos"