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sexta-feira, 23 de maio de 2014

Flores Silvestres


Sou filha do chão, bebo o leite dos orvalhos.

Não alcanço a plenitude dos voos mas
voo na plenitude da cor, na graça com que 
são feitas todas as flores.
Tudo é pequeno em mim mas tenho a beleza
que atrai os olhares dos insetos que repousam
na pele da minha seda.
Não me querem em jardins.O meu palácio é a terra
onde  plantam outros canteiros; 
não tenho a ternura dos jardineiros
mas o afago das abelhas trazendo-me travos  de mel.
Sou filha do sol e do chão
a alegria dos caminhos
nos olhos de solidão.

Manuela Barroso

Flores Silvestres, 2014


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Caminhando pelas nossas veredas




18 comentários:

chica disse...

Todas as flores são lindas e merecem um lugar nos jardins.Linda poesia dessas flores silvestres que nos encantam nos caminhos!
beijos,lindo fds! chica

chica disse...

Todas as flores são lindas e merecem um lugar nos jardins.Linda poesia dessas flores silvestres que nos encantam nos caminhos!
beijos,lindo fds! chica

. intemporal . disse...

.

.

. as veredas são sempre mais viçosas perante a simplicidade das flores silvestres .

.

. um bom fim.de.semana .

.

.

Anne Lieri disse...

Manuela,que preciosidade de poesia e as imagens encantam o olhar! bjs,

Nilson Barcelli disse...

Eu já desconfiava que eras uma flor. Finalmente, confessas...
Mais a sério, gostei muito do teu poema, é excelente. Nunca fazes por menos, aliás.
Tem um bom domingo e uma boa semana.
Beijo, querida amiga Manuela.

Duarte disse...

Fico maravilhado con as metáforas que encontras para certos termos. "leite dos orvalhos", destila belleza na forma da escrita e no sentido ético da sonoridade. Belo!!!...
Que esas abelhas não te restem o néctar de vida.
Um grande abraço, querida amiga

Duarte disse...

Belas flores que inundam prados e pradarias, nas bermas de riachos e ribeiras. Explosão de colorido!
Besos

Teresa Almeida disse...

És essa flor delicada que brota com a força, a solidez e o perfume da poesia.
As imagens sustentam toda a elegância das tuas palavras.
Xi coração.

Lúcia Bezerra de Paiva disse...

Quando assistimos à alguma homenagem, costumamos dizer que a tal homenagem foi bem merecida.

Como eu adoro flores silvestres, só posso dizer que, esse belíssimo poema é uma encantadora homenagem às encantadoras flores silvestres.
Um beijo, Manu,
da Lúc

Luma Rosa disse...

Oi, Manuela!
Você sabe ser flor! Tão lindo o que escreveu e fotografou! As flores brotam e surgem novas cores. Ama o jardineiro e ele não sabe! (rs*) Gosto de gente que se entrega!
Boa semana!!
Beijus,

Calu Barros disse...

Senti o perfume de cada verso entoado na sintonia do ser-flor-terra-cor-raiz:recantos privilegiados só por natureza visitados.
Uma bela ode, Manuela.
Bjos,
Calu

Anónimo disse...

Querida amiga
Vou viajar. Estarei ausente por dois meses, no mínimo.
Sempre que tiver oportunidade irei ao meu blog e farei visitas tanto quanto for possível.
Tenho no «DEUSA» um post de despedida.
Tenho que usar este esquema de “copy & paste” porque não tenho tempo para me despedir de cada pessoa individualmente.
Deixo um beijo amigo e um “até sempre”.
Miguel

Olinda Melo disse...


Cara Manuela

As flores silvestres encontram neste seu poema a mais alta expressão da sua beleza, do seu perfume, e da alegria que nos inunda quando pelos campos espraiamos o nosso olhar.

Bjs

Olinda

Graça Pires disse...

"Sou filha do chão, bebo o leite dos orvalhos". O começo de um belíssimo poema de quem nunca pode ter no olhar a solidão. As flores são tão belas...
Um beijo.

rosa-branca disse...

Querida amiga, com flores silvestres nas palavras e tão belas imagens, fez a sementeira completa e assim o jardim floriu. Maravilhoso como sempre. Beijos com carinho

Lúcia Bezerra de Paiva disse...

Estive aqui, há dias, deixando comentário...Revi a linda postagem, adoro flores silvestres, e percebi que meu comentário não teve registro. Deixo o meu abraço,e o desejo de um feliz final de semana.
Lúcia

Nilson Barcelli disse...

Há uma flor muito ocupada no jardim...???
Um beijo, querida amiga Manuela.

Beatriz Bragança disse...

Querida Manelinha
Que belo hino às flores!
As fotografias são um assombro!
Como as flores devem ter ficado envaidecidas com as palavras que diriam, se pudessem falar!
Um beijinho
Beatriz