sábado, 7 de novembro de 2015

Quem sou eu...

 Imagem da Net


Quem sou eu, donde vim, para onde vou?
Serei quem sinto ser-me, quando sinto?
Ou eu serei, apenas, esse absinto,
Que, outro bebeu e, a mim, me embriagou?

 Como a loucura, transtornado estou,
Confuso e torvo como um labirinto.
Ao pressentir, porque me pressinto,
Eu não sei se sou eu, ou se não sou.
 
De que consiste a minha realidade?
Um fantasma, que surge e me intimida,
Como a mentira em face da verdade?
 
Página à toa lida e decorada,
Com palavras vãs se explica a Vida,
Se, a ignorância, não explica nada?



Florentino Alvim Barroso, in "Vento e Ventanias", Edium Editores- 2012
( Tio)

   

18 comentários:


  1. Bem se vê donde o talento da amiga Manuela provém.

    Um soneto pleno de interrogações de foro íntimo.
    Todos nós temos momentos desses em que a vida
    nos prega partidas e até duvidamos de nós.
    Perante encruzilhadas não sabemos qual o caminho
    seguro, aquele que nos levaria ao que mais
    ansiamos. Não raras vezes nem sabemos bem o teor
    daquilo por que ansiamos. Dúvidas, dúvidas e
    mais dúvidas...

    Parabéns ao seu Tio e a si.

    Bj
    Olinda

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  2. Expressivos e importantes questionamentos ! Linda poesia! Ótimo domingo! bjs, chica

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  3. Olá,querida Manuela
    Precisamos nos questionar sobre quem somos, de onde viemos e para onde vamos...
    Lindo poetar!
    Bjm fraterno

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  4. Muito bom!
    A veia poética tem ADN familiar...:)
    (Como o tempo é escasso, quando venho leio várias postagens; delicio-me na tua escrita.)
    Bjo, amiga

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  5. Nossas dúvidas existenciais.
    Lindo poema, excelente escolha.
    Um abraço
    Maria

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  6. Amo ler-te querida Manu, tens o carinho para moldar as palavras.
    A poesia te habita.
    Adoro-te.
    Obrigada por tudo anjo azul.

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  7. Um excelente soneto de Florentino Alvim Barroso. Parabéns ao autor.
    Um beijo, Manuela.

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  8. Belissimo soneto Manuela!...

    Beijo,
    AL

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  9. Quem somos nós?...
    Para onde vamos?...
    E para onde vai o mundo?...
    Interrogo-me, especialmente depois dos acontecimentos dramáticos, desta noite, em França...
    Penso que todos nos devemos mesmo interrogar, se poderemos melhorar um pouco, a nossa realidade... um pouco mais, cada dia... para que o mundo, melhore também...
    Belíssimas palavras, que nos deixam um convite à reflexão...
    Beijinhos! Bom fim de semana!
    Ana

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  10. A ignorância, nossa grande condição, muito bem relacionada com a presunção...
    Gostei do poema do Tolentino que partilhou connosco, Manuela.

    Uma boa semana :)

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  11. Ai, as gafes! Deveria ter escrito, no comentário anterior, Florentino. Peço imensa desculpa, Manuela.

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  12. Um excelente soneto introspetivo.
    Fiquei a saber que pertence a uma família de poetas...
    Continuação de boa semana, querida amiga Manuela.
    Um abraço.

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  13. Estamos constantemente em introspecção
    e a Manuela aplica-a num soneto muito
    inspirado e bem escrito.
    Desejo que se encontre bem.
    Bj.
    Irene Alves

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  14. ás vezes... parece que a vida, nos coloca perante circunstancias... que nos põem à prova... quando nos deixamos de reconhecer a nós mesmos... há que pararmos para reflectir, sobre o que é a nossa realidade...
    E no fundo... nós somos mesmo o produto das nossas circunstâncias... mas temos sempre, que nos conseguir reconhecer nelas...
    Uma belíssima partilha, por aqui, Manuela!
    Adorei! Beijinhos! Boa semana!
    Ana

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  15. Um belo soneto, quase musical, duma vida que vem e vai.
    Boa, esta do teu tio!

    Como o meu desgarre...
    Desgarre, sim, sempre deixa sequelas.
    São os sensabores que deixa a vida,
    Ainda quando aceitada e compartida
    Que o leve o vento, como ás folhas!...

    Besos, amiga mía

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  16. Olá, querida Manuela
    Um poema fruto de quem sente a vida como um reflexo divino...
    Bjm fraterno

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  17. Passando também por aqui... e renovando os meus votos, de um Feliz e Santo Natal...
    Beijinhos
    Ana

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