domingo, 30 de outubro de 2016

Neste mar



Neste mar azul onde me invento
Nestas ondas de espuma branca a bailar
Sou o gavião garboso planando ao vento
Gritando liberdade pelo ar

Sou a areia quente que num abraço
Corre célere por entre os dedos,
Sou água fria, feita em pedaços
Sou a discreta anémona nos rochedos.


Sou da errante gaivota o piar
Sou concha morta na praia
Onde surdamente ainda se ouve o mar

Com a cambraia delicada do coral
E por entre esta renda de estrelas
Me escondo, deixo-me enrolar

Manuela Barroso, "Inquietudes", Edium Editores, 2102


domingo, 23 de outubro de 2016

Sonhos



Sonhos 

Em sonhos de pedra azul
Me envolvi em  linho  lua
E teci-te em noites brancas...



                                                 Manuela Barroso, "Ensaios Poétrix-cos"