Não é "A pálida luz da manhã de Inverno" de Fernando Pessoa, mas a luz quente de um fim de tarde algures por aqui...
Não fora uma pobre fotografia de amadora, e seria porventura uma bela imagem que tem tudo para me sentir feliz.
Uma casa Portuguesa, árvores como testemunhas vivas da Natureza, um céu azul pálido e
calmo como convém a um pôr de sol onde se recorta a imagem severa de um candeeiro anunciando a noite e o recolhimento!
E depois a luz...uma luz quente, acolhedora que entra no peito e se aconchega no coração...
Ah! Mas esta leitura não estaria completa se não voltasse à minha infância...
...Então, revisito a torre dos sinos da minha aldeia, e nasce uma imagem sinestésica: Cai a noite, e longe, cai também o som do sino da minha igreja, tocando as Avé Marias !
Foi dia. Agora anoitece.
Mas...
"Não há sol sem sombra e é essencial conhecer a noite"- A. Camus.
Sempre terna!
ResponderEliminarBji
B.S.
Minha querida
ResponderEliminarDamos mais valor à Luz, quando regressamos das trevas!
Um passeio muito profícuo,de que resultou uma bela fotografia e que originou saudosas recordações da infância,descritas de forma tão viva que é só fechar os olhos e ouvimos o toque das avé-marias.
Parabéns pelo texto.
Um beijinho
Beatriz