sexta-feira, 21 de março de 2025

Semana Comemorativa do Dia Mundial da Poesia

 


                                                            Convite da amiga Rosélia Bezerra



                                                                   


                                                                       Poema Lírico


Neste lençol de linho 

a brancura escurecia

sobre a lua em desalinho

que deitando-se de mansinho

lentamente adormecia.

 

Tu foste a mortalha

que na sombra

se perdeu

no bordado da toalha,

Deus meu!

 

E a noite foi o berço

onde o meu corpo

morreu.



Manuela Barroso



                                                    Feliz Dia da Poesia!

8 comentários:

  1. Boa tarde de poesia, querida amiga Manuela!
    Estupendo!
    Tenho que me controlar para não ter um golpe pela emoção que seu poema me tomou. Respirei fundo.
    Imaginei o cenário que o mote lhe permitiu criar e, no final, uma palavra muito forte que diz muito:
    "Meu corpo morreu"
    O amor nos toma por inteiro, nos 'doma', proporciona uma morte que gera vida a posteriori.
    Lindíssima toda a entrega total da mulher poetisa ao amor.
    As metáforas preciosas, o 'desalinho' mais alinhado que li.
    Sem palavras, amiga... só deleite.
    Viva o Dia Mundial da Poesia!
    Tenha um dia cheio de inspiração!
    Beijinhos fraternos de gratidão e estima
    😘💌💐🤝🥂🍾

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  2. Morrer assim é lindo! Ficou show tua poesia! Parabéns! beijos, chica

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  3. Olá, querida Manuela
    Participação que nos mostra até onde pode
    chegar o Amor.
    Um poema lindo, com as palavras bem
    delineadas e sensíveis.
    Beijinhos
    Olinda

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  4. Olá querida comadre
    Um mergulho melancólico na noite, onde a ausência da amada se transforma em mortalha e o corpo em sepultura. É um retrato sombrio da solidão, da perda e da dor da ausência, onde a noite se torna um lençol fúnebre e o silêncio, o epitáfio de um amor que se desvanece.
    Espetacular construção poética
    Beijinhos e um ótimo domingo

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  5. Que poema minha querida Amiga. Fico a pensar onde vais tu buscar tanta inspiração. Não é nada fácil falar de amor.
    Um beijo.

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  6. Gosto das antíteses que pontuam o poema. Os vocábulos (não sei porquê) transportam-me para a poesia lorquiana: o linho, a lua, são referências cromáticas que se tormam mais salientes por anteposicao com a morte, a sombra ou a noite. A estrutura reforça assim os significados. E isso é poesia.

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  7. Olá, amiga Manuela,
    Um belo poema, digno deste dia Mundial da Poesia.
    Parabéns!
    Muito obrigado, pela visita e gentil comentário no meu cantinho.
    Deixo os votos de um bom fim de semana, com tudo de bom.
    Beijinhos!

    Mário Margaride

    http://poesiaaaquiesta.blogspot.com
    https://soltaastuaspalavras.blogspot.com

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  8. Lindíssimo! Agradabilíssimo de ler.

    Beijinhos.

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