Abadia - Minho
Em escombros, a casa de uma herdade
Pela pedra se vê que foi vistosa,
Como velhinha que, apesar da idade,
Ainda tem traços de que foi formosa.
É triste, por ser triste, de verdade
Aquela que foi nova, vê-la idosa.
Depois que se ultrapassa a mocidade
Não há vaidade que não perca a prosa.
O tempo acaba todo o ser vivente.
E o que é velho nunca mais renova
Por ser morte contínua, permanente.
E o que mais acaba e disto é prova,
É vermos a velhice a ver a gente,
Que, como a casa em ruínas, já foi nova.
Florentino Alvim Barroso, "Vento e Ventanias"
Manu querida,linda e triste a poesia de Tio,mas a velhice do corpo,quando
ResponderEliminarnão atinge a mente é apenas o coroamento de uma existência rica e
produtiva.
Mas,como sempre,estou encantada
com a beleza do poema...e a ligeireza
do pensar de alguém já tão "maduro".
Bjsssss e muito carinho de sua sempre amiga,
Leninha
Manuela
ResponderEliminarÉ bem verdade este Poema do Alvim Barroso.
Como todos desejávamos ser pedra polida na hora!...
Crianças, já não somos, mas, sempre podemos alternar a Pedra com a Uva da Videira.
... A Uva, quanto mais enrugada, mais doce.
Beijos
SOL
A lucidez de um comentário feito poema de uma forma muito bela!
ResponderEliminarA imagem está muito linda.
Brilhante como sempre!
ResponderEliminarA poesia de teu tio é fantástica, Manu!!
E e sempre bom demais estar aqui e colher palavras e imagens tão bonitas!
O poema é um pouco triste, pelo que retrata... Mas profundamente belo, pelo que significa! E a imagem, belíssima!
Nem preciso dizer que adorooooo casarões antigos, né? rss
Beijo no coração, amigamada!
Bela imagem...Belo poema...Espectacular....
ResponderEliminarCumprimentos
passei para uma visitinha rápida. Depois eu volto com mais calma, para ler e refletir.
ResponderEliminarmuitos beijos
Fugiu o meu comentário, querida Manelinha.É a terceira vez que comento, este maravilhoso soneto do seu tio.Será desta?:-)Excelente comparação! Uma casa e uma mulher...O tempo não perdoa...
ResponderEliminarBelo, simplesmente belo.
Bjito amigo e uma flor.
Querida Manelinha
ResponderEliminarQue lindo é o carinho que nutres pelo teu tio!
Um soneto nostálgico,muito bem concebido!
Uma metáfora perfeita entre o humano e o granítico.
Gostei de ler.
Um beijinho
Beatriz