Serei quem sinto ser-me, quando sinto?
Ou eu serei apenas esse absinto
Que outro bebeu e a mim me embriagou?
Como a loucura, transtornado estou,
Confuso e torvo como um labirinto.
Ao pressentir, porque me pressinto,
Eu não sei se sou eu, ou se não sou.
De que consiste a minha realidade?
Um fantasma que surge e me intimidaComo a mentira em face da verdade?
Página à toa lida e decorada,
Com palavras vãs se explica a Vida,Se a ignorância não explica nada?
Florentino Alvim Barroso, "Vento e Ventanias"
7 comentários:
Eterna dúvida, eterna questão,Manu,que teu tio lindamente nos expôe.
Belíssimo poema,com gosto de absinto...
Bjssssss,
Leninha
Saber quem somos?!
Uma eterna questão...
Uma pergunta que todos nós fazemos, porém sem o encanto poético do seu tio, querida Manelinha.
Espero que este comentário entre:-)
Bjito amigo e uma flor.
Que lindo soneto,Manuela.É do teu tio.então?
Adorei tua visita e Leninha me mandou lindos céus!
Volte sempre que tiver vontade, a casa é tua! beijos,chica e linda semana!
Bonito Manuela.
Questionamentos que em algum momento começamos a fazer.
e as respostas tiramos da vida que levamos.
deixo abraços
Lindo, Manuela e tem muito a ver com o post que publiquei ontem. Quantas perguntas nos fazemos constantemente? Quem somos afinal...o que queremos...o que realmente nos deixa felizes? Muitas vezes não sabemos como responder as estas perguntas, muitas vezes não sabemos como é a nossa alma e, como diz Pessoa, muito menos sabemos como é a alma do outro.
É proprio do ser humano ser insatisfeito e andar sempre à procura de algo mais; infelizmente, hoje em dia anda numa correria à procura de ter cada vez mais e não pára um pouco para entender a sua própria alma e muito menos a dos outros.. Gostei muito! Obrigada pela partilha. Um beijinho
Emília
Querida Manelinha
Sábias e poéticas reflexões sobre a existência!
Inquietações de almas nobres!
Obrigada por partilhares tão boa poesia.
Um beijinho
Beatriz
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