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sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

Feliz Ano Novo-2024


 

Que a Festa de o  Novo  Ano que agora começa, seja a esperança de outras alegrias.
Para todos os amigos e amigas, 
Feliz Ano Novo ! 


Manuela Barroso







terça-feira, 19 de dezembro de 2023

Feliz Natal!

 


FELIZ NATAL PARA TODOS!




 


LOAS AO MENINO JESUS




Hoje escrevo de branco

como o floco de neve

que cobre com o seu manto

as palhinhas ao de leve

 

Não acordem o Menino

acabado de nascer

num cantinho pequenino

onde ninguém quis viver

 

É nesta simplicidade

que Ele  nasce sem trono

sem ouros e sem vaidade

que a beleza da humildade

é ter tudo como uma ave

ser o cântico da liberdade

não ser servo nem ser dono.

 

Foi a boa nova que trouxe

a doutrina que deixou

e como se fosse pouco

deu a vida porque amou!

 

Obrigada, meu Menino,

contigo nada mais foi igual

tão bom ser-se pequenino

 Obrigada pelo teu Natal!

 

Manuela Barroso 

 

Desejo Feliz Natal e Feliz Ano Novo 

 

 




quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Eh! tu que corres

 





...

Eh! tu que corres sem saberes para onde vais,
espera-me na curva da estrada! 
A vida pesa-me e antes que pare, quero matar a sede
dessa água que te rodeia. Não quero mais nada.
 
Manuela Barroso

 


segunda-feira, 23 de outubro de 2023

É a amplidão


 

É a amplidão do espaço onde te espera a liberdade.
Abandonas-te na imensidão do crepúsculo
e de novo deixas em cada viagem
o sol-pôr da saudade.


Texto e imagem
Manuela Barroso
 

 


sexta-feira, 5 de maio de 2023

Mãe



 Hoje acordou-me o rio de todos os afectos


Espreguicei-me nos limos suaves,
numa placenta morna protegendo-me dos ímpetos
do bico dos peixes no voo das águas

Toquei a minha pele, nas entranhas, onde
as sensações se disfarçam nos mistérios
da vida
Memórias do inconsciente nas horas brancas
em que te embalava no meu seio
Permaneço ainda deslizando sombras maternais
no regaço que nunca arrefece.

Tenta demolir as pedras do abrigo materno!
Jamais apagarás os alicerces da
cidade que mãe construiu em ti.

Tu, mãe,
fonte de todas as sedes, onde morrem todas
as ânsias e todas as saudades, que vozes te
segredam a ausência de ti?
Que sangue perfuma a transparência da tua alma?
Que pedra constrói o monumento da tua coragem?
Tu, que és mãe,
semeia de branco as constelações que fazes nascer
no perfume das velas, na constância permanente
do teu amor incondicional.
Tudo de ti vem, em ti nasce afinal.

És tudo em todos
numa dimensão desigual

Manuela Barroso, in “Laços”-Dueto- Versbrava Editora

segunda-feira, 1 de maio de 2023

Diálogo com a Rosa






  
  
Quem me fez assim tão linda?-pergunta a rosa atrevida.
Foi a luz do sol, bem-vinda, que te fez nascer para a vida.
 
 
E estas pétalas tão doces, quem as idealizou assim?
Foi a bela Natureza que te criou para mim...
 
E estas folhas viçosas que me cobrem de vaidade?
São a respiração da vidasão o tempo sem idade...
 
E as delicadas abelhas, porque me visitam tanto?
É a cor que as deslumbra, é a sede do teu manto
 
Porque me cortam do pé? Estou bem no meu canteiro
São saudades de te ver, flor, estão sem ti o ano inteiro
 
-Então sinto-me feliz, sinto uma alegria imensa
por me querem assim tanto, ser uma alegre presença.
 
Porque me olhas assim? Porque ficas a pensar?
Porque não te ris para mim? Porque paraste de olhar?
 
Porque és o meu sinalda presença do Infinito
geometria sem igualdo Vazio em que medito.


Manuela Barroso

 


                                  Algumas das rosas do meu jardim

que vos ofereço neste dia 1º de Maio, dia do TRABALHADOR com o meu abraço!











Feliz Mês de Maio!





quinta-feira, 13 de abril de 2023

Lírio

 



A beleza do lirio do vale e a força da fonte no regato que corre na encosta do monte

manto de seda cobrindo as manhãs que abrigam os charcos onde cantam as rãs...

 



Imagem e texto
Manuela Barroso


 

sábado, 8 de abril de 2023

E Resssucitou!

 

                       Com os maiores votos de uma Páscoa Feliz para todos.




Por isso choro em mim a mágoa verdadeira
De ter nascido tarde e só te vir achar,
Feito em marfim, metal, pedra, madeira,
No cimo de um altar!
 
 José Régio, in Poemas de Deus e do Diabo, Portugália Editora, "Obras Completas", 1969
 






quinta-feira, 6 de abril de 2023

Tempo Pascal

Tempo de reflexão!



 

         Se a Tua existência não sensibilizou o coração dos Homens

        Que a Tua morte os desperte para o mistério da Vida.


Manuela Barroso

 









sexta-feira, 24 de março de 2023

Primavera Pascal-Crónica

 



Os campos longínquos e verdes eram barcos no mar do meu pensamento.
Os olhos ausentavam-se nas encostas risonhas dos meus montes com rugas
 em regatos cantantes e alegres, fugindo ao encontro dos botões das giestas
 e aromas de rosmaninhos.

Nos cabelos atrevidos e esvoaçantes dos choupos, penduravam-se rouxinóis
vestindo penas de primaveras meninas, em êxtases de cantos embriagantes, 
repercutindo-se em ecos nos montes de nuvens dispersas no azul sereno e transparente do Vazio celeste.

O vento indeciso, leve, era a vibração que acordava esta alegria interior, num lago 
de anónimas águas, num mutismo contemplativo.
Pensamentos mergulhavam de encontro aos seixos redondos em amêndoas coloridas.
Neste espelho mudo, as recordações boiavam nos penachos amarelos em jardins de Páscoa e começavam a sorrir embaladas no sono da saudade.

O canto do rouxinol ondulava nas curvas do pensamento, percorrendo agora a paisagem colorida das glicínias, numa canção enternecedora e tranquila, escrita em memórias de sinos pascais.
E como uma nuvem, deixei-me envolver nesta melodia, flutuando nas recordações 
que se teciam também na saudade dos meus vestidos rodados de crepe e laços de seda...

Uma imagem se criava em mim, recordando a Vida na morte do Filho do Homem.

Na cortina do tempo, abro hoje a janela, sorvendo a Páscoa do meu dia, na Paz que se faz em mim.


Manuela Barroso
(reeditado)


sábado, 14 de janeiro de 2023

Voos


Tentamos abrandar o ritmo das pulsações  
procurando o afago e a suavidade das  águas. 
Logo nos debatemos com sinais vermelhos 
proibindo a liberdade do nosso voo. 
Cada vez que tentamos poisar, 
há o cheiro do charco que vai apodrecendo a alegria.


Texto e foto
Manuela Barroso

terça-feira, 3 de janeiro de 2023

Simplicidades de Inverno






     

Na amenidade deste inverno, num vaso da minha varanda, ia brotando uma semente. Proveniência desconhecida.
Foi crescendo e deu flor.
Fora do tempo da primavera de outras flores.
A curiosidade ia despertando sobre o fruto que ia sendo vigiado como um ninho:courgette, abóbora ou outro?
Ao lado uma orquídea florindo no tempo apetecido.
Sem sobressaltos.
Hoje a neblina matinal desceu fria, gélida.
A flor amarela recolheu a sua corola numa espécie de protecção, hibernação ou desconforto. Linguagens da natureza...
O fruto, fora de tempo, vai-se desenhando no abrigo ameno de outras folhas na esperança de não abortar até ser testemunho de si próprio.
E se nascer, colherei novas desta divagação que aqui ficarão.
Até lá...
… era uma vez uma semente clandestina de inverno…
 
Simplicidades…

Manuela Barroso