Seguidores

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Flores Na Noite

                                                                      Flores na Noite



Não a cor das flores que no mais profundo breu ainda acordam a alegria envergonhada misturada com o negro do céu.



 Não a lua, não o Belo nocturno que mesmo tingindo de negro, coração e alma é o convite à reflexão, serenidade, calma.

Noite. Flores na noite.
Tudo estremece.
A vida dorme.
Os vermes regurgitam da terra na avidez da fome.
Não a cor das flores que no mais profundo breu ainda acordam a alegria envergonhada misturada com o negro do céu.
Tudo foge.
Não a lua, não o Belo nocturno que mesmo tingindo de negro, coração e alma é o convite à reflexão, serenidade, calma.
É tempo de ter tempo demais, no tempo que se faz pouco.
Tudo cai.
Não o silêncio que se esconde colado ao corpo,
na luz leitosa que aos poucos se esvai.
 
 
Manuela Barroso
Fotos Minhas

sábado, 7 de novembro de 2020

Flores-retratos

 
       
  Flores que teimam nascer, crescer no meio do pântano, charcos, lagos.
Não as amedronta o odor nauseabundo e putrefacto de água contaminada vinda do mais recatado e esconso recanto




O encanto permanece lá, no amarelo e lilás e a flor é igual a ela própria na sua purificadora beleza.
Não perdeu, nem brilho, nem encanto, nem cor, nem admiração!
Tornou-se mais ela, mais flor...


E...Flores e... as flores teimam em florir nos charcos podres, na aridez inóspita, numa espécie de purificação!


Eis retratos de Vida.
Flores que teimam nascer, crescer no meio do pântano, charcos, lagos.
Não as amedronta o odor putrefacto de água contaminada vinda do mais recatado e esconso recanto.
Florescem num desafio ao belo e ao incrível!
E a cor desafia as borbulhas enquistadas que se soltam do ventre das águas.
O encanto permanece lá, no amarelo e lilás e a flor é igual a ela própria na sua purificadora beleza.
Não perdeu, nem brilho, nem encanto, nem cor, nem admiração!
Tornou-se mais ela, mais flor...Longe da bajulação.
E...Flores e... as flores teimam em florir nos charcos podres, na aridez inóspita, numa espécie de purificação!
Vida ou morte...
Desejo ou ambição...
Guerra ou paz...
...E o antagonismo permanece no reino vegetal tal como na Humanidade!
Ah! Maravilhoso e enigmático mundo este!..
 
(reeditado)

Manuela Barroso