Que a Festa de o Novo Ano que agora começa, seja
a esperança de outras alegrias.
Feliz Ano Novo E...
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terça-feira, 29 de dezembro de 2020
Feliz Ano Novo
sábado, 12 de dezembro de 2020
Foto-pensando
segunda-feira, 23 de novembro de 2020
Flores Na Noite
Flores na Noite
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Não a cor das flores que no mais profundo breu ainda acordam a alegria envergonhada misturada com o negro do céu. |
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Não a lua, não o Belo nocturno que mesmo tingindo de negro, coração e alma é o convite à reflexão, serenidade, calma. |
Noite. Flores na noite.
Tudo estremece.
A vida dorme.
Os vermes regurgitam da terra na avidez da fome.
Não a cor das flores que no mais profundo breu ainda acordam a alegria envergonhada misturada com o negro do céu.
Tudo foge.
Não a lua, não o Belo nocturno que mesmo tingindo de negro, coração e alma é o convite à reflexão, serenidade, calma.
É tempo de ter tempo demais, no tempo que se faz pouco.
Tudo cai.
Não o silêncio que se esconde colado ao corpo,
na luz leitosa que aos poucos se esvai.
Manuela Barroso
Fotos Minhas
sábado, 7 de novembro de 2020
Flores-retratos
Flores que teimam nascer, crescer no meio do pântano, charcos, lagos. Não as amedronta o odor nauseabundo e putrefacto de água contaminada vinda do mais recatado e esconso recanto |
O encanto permanece lá, no amarelo e lilás e a flor é igual a ela própria na sua purificadora beleza. Não perdeu, nem brilho, nem encanto, nem cor, nem admiração! Tornou-se mais ela, mais flor... |
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E...Flores e... as flores teimam em florir nos charcos podres, na aridez inóspita, numa espécie de purificação! |
Eis retratos de Vida.
Flores que teimam nascer, crescer no meio do pântano, charcos, lagos.
Não as amedronta o odor putrefacto de água contaminada vinda do mais recatado e esconso recanto.
Florescem num desafio ao belo e ao incrível!
E a cor desafia as borbulhas enquistadas que se soltam do ventre das águas.
O encanto permanece lá, no amarelo e lilás e a flor é igual a ela própria na sua purificadora beleza.
Não perdeu, nem brilho, nem encanto, nem cor, nem admiração!
Tornou-se mais ela, mais flor...Longe da bajulação.
E...Flores e... as flores teimam em florir nos charcos podres, na aridez inóspita, numa espécie de purificação!
Vida ou morte...
Desejo ou ambição...
Guerra ou paz...
...E o antagonismo permanece no reino vegetal tal como na Humanidade!
Ah! Maravilhoso e enigmático mundo este!..
(reeditado)
Manuela Barroso
domingo, 18 de outubro de 2020
Outono Distante
Os dias vão encurtando, apertando a luz.
Tudo vai fluindo para de repente bater num muro de interrogações e aparente indiferença.
Surge uma molécula algures, sem data de nascimento nem progenitor.
Céus, Homem e Natureza interpenetram-se, envolvendo-se com a Criação num ninho de bem-estar e encanto. Mas nada o detém na busca e pilhagem proibida na Casa que é de todos.
Mas cada um na sua Casa.
Eis que se solta o grito estridentemente mudo de uma "coisa" que se não se alcança.
Aparece e fica.
Aparece e mata.
E vem em ondas leves, mortíferas.
E pousa suavemente.
Tudo parece estranho.
O sol vigia por entre os arrepios das nuvens na angústia do sofrimento que adivinha.
E o Homem não vê...
...E o tempo passa.
Estreita-se o caminho para o pesadelo e ele espreita agora entre as cores carregadas de um poente sombrio numa advertência sinistra...
E o Homem não vê.
Tudo se comunica.
Somos o continuum espácio-temporal, peregrinos e viajantes.
Talvez por isso, as marés e o oceano romperam a sua calma e em uníssono bateram no muro indefeso da areia em redemoinhos de espasmo.
Longe, o sol preparava-se para se esconder atrás das Bermudas, devolvendo ainda a mágica beleza de cada poente.
Escondia-se, perguntando-se porém, nos milénios da sua idade até quando a Humanidade deixaria de ser, tanto imatura como irresponsável.
Os Homens não acordaram da sua letargia, esquecendo que tudo é movimento, que o planeta é o jardim onde plantamos os olhos, o bosque onde descansamos o espírito, o vale onde dormem os prados.
Os Homens confiaram em toda a tecnologia que ainda não lhes devolve todo o Poder .
Mas os pássaros recolheram -se nos seus refúgios distantes, em ramos pensativos, numa antecipada visão.
O Homem, não.
Texto e Fotografias de
Manuela Barroso
sábado, 19 de setembro de 2020
Como as Gaivotas
-Somos as gaivotas assustadas procurando paz nos labirintos ...
...Mas o instinto obriga a sobrevoar o rasto das migalhas de todos trazendo com ele a luta pela defesa do que julgamos que só a nos pertence...
...e partimos em debandada procurando, na espuma dos dias, a possível saciedade do nosso bem-estar , algures, onde mar e sol sejam o berço que nos acolhe.
Partimos de novo na busca do sonho certos de que a união faz a força.
Porém, sempre há um indeciso que fica em terra , com medo da luta e da derrota...
...esperando as sobras trazidas pelas marés despidas de algas e sargaço clandestinos.
As que ficam, preferem a segurança da pátria do seu mar , a uma rota sem destino.
Mas num golpe de asa, um silvo as acorda.
E, num último adeus, eis a debandada , rumo às águas azuis, algures numa ilha longínqua, onde há mel para aves e
insectos e fel para o Homem na cobiça e ganância do ouro.
Eles fazem parte da dança do Planeta.
O Homem reina com a insistência mortífera de esventrar o seio da Terra.
Manuela Barroso
(Fotografias minhas)
domingo, 28 de junho de 2020
O Melro- Divagando
Cada vez que os ouço, mais admiro o seu carácter, o seu instinto protector, a sua altivez sadia(fotos minhas) |
Como amante envolvente, cuida da casa, protege a companheira, vigiando-a, protegendo-a. |
...ele é porventura o mais sedutor “gentleman” da população da sua espécie, no seu fato de cerimónia e seu bico de um amarelo de ouro, digno de um rei. |
A Propósito do Melro
Quando vagueio por espaços sombrios, há um sobressalto em
cada golpe de asa. Ou é um verdilhão que me desafia com os seus trinados, ou o
adorável pisco que me acompanha, arrepiando-me com o seu canto. E quanto mais
falo para as copas escondidas, mais me ele me provoca redobrada sinfonia a uma só voz.
Mas quero falar do melro.
Ladino, com a velocidade de um jacto e a provocação de um
perfeito D. Juan, ele é porventura o mais sedutor “gentleman” da população da
sua espécie, no seu fato de cerimónia e seu bico de um amarelo de ouro, digno
de um rei. Os seus gorjeios estridentes e atrevidos nada mais são senão avisos de
que ali é condomínio fechado...
Como amante envolvente, cuida da casa, protege a
companheira, vigiando-a, protegendo-a.
Habituada a ver os ninhos
das cantadeiras ceresinas nos
valados ou nas latadas em flor e assustar-me com uma fuga inesperada de um
pássaro negro das laranjeiras ou por entre as silvas, não muito longe no tempo,
um destes meus sedutores fez ninho num arbusto de hibiscos na entrada principal.
Todos os dias guardava os principezinhos no encantamento da fragilidade da sua
penugem. Porém, uma tarde, quando todas as aves se recolhem quando aparece Vénus
e vendo a serenidade do ninho e ausência do general, pé ante pé, aproximo-me do
ninho.
Os filhotes ensaiaram uma gritaria que alertando os pais que
dormiam num pinheiro do jardim, descem em voo picado em guinchos furiosos,
rasando o meu rosto e cabelo em piruetas agressivas. Longe de imaginar tal
investida, bati em retirada antes que levasse uma bicada nos olhos...
Cada vez que os ouço, mais admiro o seu carácter, o seu
instinto protector, a sua altivez sadia, a sua garra, o seu hino às manhãs
azuis ou cinzentas e o seu smoking festivo porque afinal a vida é sempre uma
festa.
.
O tempo passa. Os gostos mudam. Mas como seria tão melhor se
na sociedade houvesse- no melhor sentido-
mais melros: protectores, honestos , gentlemans.
Manuela Barroso
domingo, 14 de junho de 2020
No silêncio...
domingo, 10 de maio de 2020
Diz-me porquê
sábado, 25 de abril de 2020
"Em Seara Alheia"- Graça Pires
Conta-se por aí
que ele amava tanto as
árvores
que tinha no coração
todas as tonalidades de
verde.
O círculo das águas
submersas
debandava o longe das
nascentes
para adubar sementes e
raízes.
Um inesperado cio,
bafo da terra em júbilo,
alojou-se-lhe no sangue.
Cinge, agora, nas mãos a
luz de março
aguardando que o
sobressalto
verde das folhas o sacie.
Graça Pires- "A Solidão é como o Vento" -(Poema deste livro)
Uma vez que o confinamento em que vivemos actualmente, não permite que seja presencial quer em Lisboa quer no Porto, este lançamento será feito online - Facebook.
O abraço de Parabéns será virtual. Mas os seus POEMAS serão eternos.
Desejamos-te o maior sucesso, querida amiga. Terno Abraço.
Manuela Barroso
Desejamos-te o maior sucesso, querida amiga. Terno Abraço.
Manuela Barroso
*
O lançamento do livro “A Solidão é como o Vento” será no dia 1 de Maio no Facebook da Poética Edições.
A Editora está a fazer uma pré-venda com 20% de desconto até 30 de Abril. É bom para quem tiver gosto em adquirir o livro.
Aqui vão os links do youtube, onde já está o vídeo, e da loja online
https://www.youtube.com/watch?v=2Z20pDs1YMY ~
https://poeticalivros.com/collections/poesia/products/a-solidao-e-como-o-vento
https://www.youtube.com/watch?v=2Z20pDs1YMY ~
"Doía-lhe na voz a crueza das palavras"
domingo, 19 de abril de 2020
Apelos...
O mar é um apelo.
Na ânsia de lhe sentir o aroma, vai saindo devagarinho, olhos bem atentos no delito de pôr o primeiro "pé" na rua.
Desconfiada ainda se pergunta:
-Se te infectas, que sorte será a tua?
Não vês que ainda mordes a isca?
Dá meia volta, continua, pensando...
-Aproveita...quem não isca não petisca...
( Embora exaustos por este confinamento, é melhor não petiscar...)
Bji 💓
Mbarroso
sábado, 29 de fevereiro de 2020
Se algum dia...
Foto minha |
Porque as asas não têm já o mesmo vigor
Alegra teus olhos, não caminhes cabisbaixo
Já que terás sempre algures, aqui
Uma garça- irmã branca, feita pão
Da mesma massa que te gerou a ti.
[Que a Natureza encante a todos como me encanta a mim! ]
Manuela Barroso
[Que a Natureza encante a todos como me encanta a mim! ]
Manuela Barroso
sábado, 15 de fevereiro de 2020
Espelho de Água
sexta-feira, 31 de janeiro de 2020
Ave de mim
sexta-feira, 17 de janeiro de 2020
Eis a liberdade
terça-feira, 7 de janeiro de 2020
Súplica da Árvore
-
Machado (disse a árvore, ao machado):
No
meu tronco não ouses o teu fio!
Não
é digno, no chão, ver-se deitado,
Quem
nasceu para ser, somente, erguido!
Mas
o machado, surdo, a qualquer brado,
Talhava
o tronco indiferente e frio.
Quando,
o destino, já nos foi traçado,
Ninguém
lhe muda mais o seu feitio.
Já
quase, prestes, a cair no chão
(Suspiro
antes que a morte nos consuma),
A
árvore insistiu… mas foi, em vão.
Então,
a estralejar, se desapruma,
Pois,
seja por desatino, ou condição,
Nunca
fica, de pé, coisa nenhuma.
Florentino
Alvim Barroso -”O Vento e as Ventanias”, Edium Editores
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