Manuela Barroso |
Sou o registo dos sobressaltos do tempo,
vínculos de memórias sem idade,
esculpidos na lonjura da eternidade.
Manuela Barroso
FOTOGRAFIAS QUE FALAM... PENSAMENTOS REFLECTIDOS...
Apesar das angústias que nos querem impôr, que a nossa Esperança seja maior
que a adversidade.
Um Novo Ano cheiinho de Paz, Amor e Saúde
para todos nós.
Manuela Barroso
Feliz Natal
Procuro um natal em cada olhar
da multidão que habita este deserto!
ficam cegos meus olhos de tanto procurar
o natal de Jesus em cada gesto!
Acreditei sim, Jesus, acreditei
ser o natal amor, fraternidade
e dentro deste globo o que encontrei?
pedras de gelo a queimar a humanidade!
Caminhei, meu Menino, caminhei
na busca das crianças a brincar
e na caminhada, afinal, o que encontrei?
Herodes com seus exércitos a matar!
Vejo-te a nascer e morrer nos inocentes
p´la não da prepotência e ambição.
Diz-me Deus Menino, como te sentes
neste presépio sem luz no coração?
Teresa Gonçalves,"Pleno Verbo"
coraçãoentrepalavras.blogspot.com
A todos os meu amigas e amigos um Santo E Feliz Natal!
Não sei de onde venho, esqueci o caminho
mas sinto que a porta se vai abrindo devagarinho.
Texto e Imagem
Manuela Barroso
Vê na calma deste rio
O sossego a correr
Saboreando o estio
Não tem pressa de morrer
A foz é seu destino
Há milénios que o faz
Mas ao contrário de ti
Vai correndo como lhe apraz
Na calçada da tua vida
Terás uma foz como certeza
Tenhas ou não maior destreza
Enquanto passas pelas margens
Desfruta das suas paisagens
E conforme elas convidam
Faz do teu caminho um hino
Como se ainda fosses menino.
Manuela Barroso
Imagem- Pixbay
Boas Férias, Agosto!
Explode mês de Maio! E como te chamas, flor? |
Manuela Barroso ( reeditado)
Abril de Abril
Era um Abril de amigo Abril de trigo
Abril de trevo e trégua e vinho e húmus
Abril de novos ritmos novos rumos.
Era um Abril comigo Abril contigo
ainda só ardor e sem ardil
Abril sem adjectivo Abril de Abril.
Era um Abril na praça Abril de massas
era um Abril na rua Abril a rodos
Abril de sol que nasce para todos.
Abril de vinho e sonho em nossas taças
era um Abril de clava Abril em acto
em mil novecentos e setenta e quatro.
Era um Abril viril Abril tão bravo
Abril de boca a abrir-se Abril palavra
esse Abril em que Abril se libertava.
Era um Abril de clava Abril de cravo
Abril de mão na mão e sem fantasmas
esse Abril em que Abril floriu nas armas.
Manuel Alegre
do livro "Atlântico" 1981
Abril de Sim Abril de Não
Eu vi Abril por fora e Abril por dentro
vi o Abril que foi e Abril de agora
eu vi Abril em festa e Abril lamento
Abril como quem ri como quem chora.
Eu vi chorar Abril e Abril partir
vi o Abril de sim e Abril de não
Abril que já não é Abril por vir
e como tudo o mais contradição.
Vi o Abril que ganha e Abril que perde
Abril que foi Abril e o que não foi
eu vi Abril de ser e de não ser.
Abril de Abril vestido (Abril tão verde)
Abril de Abril despido (Abril que dói)
Abril já feito. E ainda por fazer.
Manuel Alegre
30 Anos de Poesia
Publicações Dom Quixote
Jorge de Sena
(1919-1978)
FLOR SILVESTRE