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quarta-feira, 11 de maio de 2011

VOLÚPIA


 Imagens Google

Seu corpo, se de noite eu o tocasse
Era a curva da Terra, ou parecia.
Cada beijo que eu desse em sua face
Logo rompia, nele, a luz do dia!..

E, como morna cinza que restasse
Do fogo que aos dois juntos, aquecia,
Seu corpo após beijado, se o beijasse,
Tornava a pegar fogo, logo ardia!..

E, quando, fatigado pelo amor,
Seu corpo contemplava, adormecido
Na postura, fazia-me supor

O tronco duma árvore, caído,
Que, após o muito fruto e muita flor,
Caíra ao chão, depois de ter florido!..

                                                    

                   Forentino Alvim Barroso, In " Vento e Ventanias"



( Como homenagem a Tio Poeta que ainda não julga sê-lo...)

9 comentários:

Mari Amorim disse...

Manu!
Bela postagem em homenagem ao teu tio poeta!
É a manifestação da continuidade,para que exista o ciclo da vida,e para que seja perfeito,a volúpia se faz necessário!
um abraço,
Mari

Leninha Brandão disse...

Que imagem linda,QUERIDA MANUELA:
O tronco duma árvore,caído,
Que,após o muito fruto e muita flor
Caíra ao chão,depois de ter florido!...

Eu é que me considero honrada,por ter uma amiga transbordante de sensibilidade como você.E,teria,sim ,um enorme prazer em ir à terra dos meus avós e saborear as delícias feitas pela querida Manuela.
Beijos repletos de ternura,Leninha

Elcio Tuiribepi disse...

Oi Manuela

Obrigado pelas palavras lá no Verseiro, o menino Broun era mesmo muito querido e hoje com certeza já está melhor do que nós em todos os sentidos...em paz...

Caramba, seu tio é mesmo fera amiga, escreve fácil e de maneira muito bonita, coisa de craque, de quem sabe todos os caminhos que levam a poesia

Obrigado por compartilhar com os amigos esse talento...parabéns mesmo pelo seu tio, pode dizer a ele...TIO, VOCÊ É POETA...com todas as letras

Um abraço na alma...

Beijo

Helena Chiarello disse...

Meu paizin do céu!!
Que coisa linda é essa?
Menina do céu, juro que arrepiei aqui.
Ah, Poesia! Como são intensas e tocantes as palavras! Como a gente sente na pele quando a emoção bate com toda a força!
Esse soneto é maravilhoso! Lindo!
Que bom poder conhecer um pouco do imenso talento do teu tio através desse poema!
Grande abraço e obrigada por esse momento tão especial!
Aplausos, aplausos!
E continuo arrepiada aqui... rs

Helena Chiarello disse...

Como eu sei que o Blogger andou fazendo umas manutenções que nos fizeram perder as postagens e os comentários do dia 11 de maio pra cá, voltei pra republicar meu comentário a esse fantástico poema!
Super beijo!

mfc disse...

Tive que republicar um post e perdi os comentários todos desse dia!

Aqui vai o comentário de memória:

O amor é sempre belo quando sentido e cantado desta maneira!

Anderson Fabiano disse...

Que sonetaço, menina! Uau! Coisa de quem domina a arte de fazer Poesia com as palavras.

Ainda hoje, num outro coment, disse a uma amiga da blogosfera: Poesia não de "faz", Poesia se "sente".

Esse "seu" Florentino é um exemplo magistral. Ele sente Poesia! Pois, só assim, se pode fazer algo tão intenso, tão forte e comovente.

Parabéns! Ao tio e a sobrinha, pela sensibilidade de saber resgatar algo tão belo.

Meu carinho,
Anderson Fabiano

Pérola disse...

Uma volúpia encantadora e encantada !

Beatriz Bragança disse...

Querida Manelinha
O teu tio é um Poeta e tanto!
Que belo soneto de amor! O poder de um toque,de um beijo,com as suas consequências descritas em expressões tão poéticas!
Obrigada por publicares para o Mundo tanta Beleza em forma de poesia!
Beijinhos
Beatriz