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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Desflorir- Soneto


Flor de maracujá-  helenachiarello-fotografias.blogspot.com


Não colhas essa flor do teu jardim:
Da sua graça é tal a brevidade,
Que quando a colhes me parece a mim,
Alguém morrendo em plena mocidade.

Se a beleza é a ânsia que te invade,
Semeia e faz o bem! Fazendo assim,
Tu farás um jardim da humanidade,
Onde jamais as flores têm fim.

Verás então que as flores mais formosas
Não são as que se colhem com a palma
Da mão que enfeita jarras donairosas:

Mas aquelas que tu, à chuva, à calma,
Semeies (as mãos cheias, dadivosas),
Na terra em que pisar a tua alma!

                Florentino Alvim Barroso, "Vento e Ventanias"-Sonetos

5 comentários:

Eliana f.v. - Li Andorinha - disse...

Que encanto florido é esse soneto minha querida Amiga Manuela!
Sou apaixonada pela flor de maracujá.
Os versos de Florentino A. Barroso é tão colorido perfumado como essa flor e como ela...cativa a nossa alma!
Grata por tão bela leitura!

Ai que delicia curtindo férias
aproveita muito por aí...risos

beijinhos ternos da Li

A.S. disse...

Manuela...

Lindo soneto...!!!


Um beijo!
AL

Leninha Brandão disse...

Manu querida,mais um belo e inspirado poema de titio...e a flor do maracujá(flor da paixão)fotografada por nossa querida Helena,foi a perfeita imagem para ilustrar a ideia e o sentimento transmitidos pela poesia...
Querida amiga,estou em casa(de volta ao meu aconchego)e voltarei às postagens e comentários aos poucos,pois o desagradável da viagem me espera:desfazer malas e arrumar gavetas...
Bjssssssss e um carinho,
Leninha

mfc disse...

Uma sensibilidade rara tem este teu Tio.

Beatriz Bragança disse...

Querida Manelinha
Só uma alma plena de sensibilidade para querer semear e fazer o Bem, a fim de transformar a Humanidade num jardim!
A flor do maracujá não deve ser nunca apanhada!De tão linda e produtiva,deverá permanecer no seu pé, para nos trazer mais tarde os seus frutos.
O teu tio escrevia muito bem!
Um beijinho
Beatriz