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sábado, 11 de fevereiro de 2012

Na noite...


  Na noite em silêncio
nasciam luares
dançando no vento morno
da palma da tua mão.
E a sombra descia
numa sensação vadia
tornando mais pura
a alegria da rua

Na algema dos dedos
na prisão do laço
nasciam flores
no perfume do abraço
Teceu-se a ternura
nas sedas que faço
em fios de candura.

Sobravam saudades.

A lua emergia
desvendava segredos
e o orvalho escorria.

Manuela Barroso
Pintura- D. Enjolras

17 comentários:

Nilson Barcelli disse...

"Na algema dos dedos
na prisão do laço
nasciam flores
no perfume do abraço"
Excelente poema.
Gostei imenso das tuas palavras.
Manuela, querida amiga, tem um bom fim de semana.
Abraço.

Leninha Brandão disse...

Manu querida ,
Me deixas sem palavras com teus fios de candura a tecer ternuras e me lembro de meu amado Rubem Alves quando diz:


São as crianças que vêem as coisas – porque elas as vêem sempre pela primeira vez com espanto, com assombro de que elas sejam do jeito como são. Os adultos, de tanto vê-Ias, já não as vêem mais. As coisas as mais maravilhosas – ficam banais. Ser adulto é ser cego.

As coisas nunca ficam banais quando as capturas e desvendas segredos tal como a lua e o orvalho de teus versos.

Bjsssss e um lindo domingo,
Leninha

Duarte disse...

Vão-se desmembrando versos em gotas de orvalho... que delicadeza!
Lindo poema!
Beijinhos

Mariazita disse...

Boa noite, Manuela
Entrei por acaso e estive a ver os teus três blogs, que achei muito bons.
Os poemas são muito bonitos, e as pinturas, belas e muito bem escolhidas.
Vou seguir-te e voltarei sempre que puder.

Boa semana. Beijinhos

mfc disse...

Esse orvalho é fonte de vida...!
Que lindo texto, Manuela!
Beijinho.

Aleatoriamente disse...

Que belo!
Fico sempre sem palavras, diante dos teus poemas Manu.Mas é porque são contagiantes.E este minha amiga está divino.

Beijinho moça.

Penélope disse...

E nos segredos da lua e no orvalho escorrendo grande sensação de deleite.
Grande abraço, minha amiga!!!

Emília Pinto disse...

E nesta noite...em silêncio...aqui no meu cantinho, olho através da janela e vejo o céu escuro...uma ou outra estrela se vê... brilhando; árvores esguias e frondosas no jardim em frente...relva verde que o frio não conseguiu amarelar; de manhã, bem cedinho, o orvalho da noite lhe dará um brilho diferente...o verde será mais vivo. É um novo dia...um novo começo...uma nova esperança. A noite no seu silêncio é propícia a reflexões...não foi tudo bom hoje....nunca é...erra-se...acerta-se....

Mas amanhã é outro dia...outros momentos...alegrias...tristezas...dúvidas...certezas e...mais reflexões...quem sabe, mais floridas? E dessas reflexões há sempre algumas saudades que sobram.
Destas minhas sobraram-me muitas...
Lindo, Manuela! Um beijinho carregadinho de parte da ternura que aqui senti ao ler o teu poema; o resto ficará comigo nesta noite tranquila.
Emília

Helena Chiarello disse...

"Teceu-se a ternura nas sedas que faço em fios de candura..."

Acho que essa é a definição perfeita às tuas palavras, Manu! E só nelas elas encontram essa tessitura...

Lindo esse poema! Tá lindo o blog!

Um beijo gigante, amigamada! Saudade sempre!

Ange disse...

Manoela, minha amiga, não é que eu não tinha conhecimento deste seu blog?!
Posso ver que eu já tinha entrado aqui antes, pois vejo meu perfil aqui como seguidora...
Provavelmente entrei aqui algum tempo passado quando fiz conhecimento com você através do seu perfil.
Este seu blog não estava incluído na minha lista de blogs, por razão disto eu não podia ver as atualizações deste blog. Eu tinha conhecimento só do 'Anjo azul" e o blog de receitas.
Lindo este seu blog, bem terno! Parabéns!
O titulo do blog faz retrata belamente os textos, cheios de reflexões!
Realmente foi um prazer voltar aqui!
Uma linda noite!
Abraços e lembranças,
Ange.

Line Santos disse...

Bom Dia querida Manuela!
Fico tão feliz quando me visitas, e fazes muito bem ao meu coração visita-la também! :]
(...) Sobraram saudades
É, seu poema me fez lembras de coisas que o tempo levou , coisas que não são possíveis reviver, ficaram as recordações e as saudades, mas não tristeza, afinal, o que passou colaborou com nosso desenvolvimento intelectual, sentimental, enfim, o nosso amadurecimento. Com fé em Deus o que está por vir ainda será melhor, se não melhor, que deixem bons registros em nosso interior...

E comnclu-o com este versino que acabei de fazer: Ah.. saudade, é tão bom compo-la em versos, mas o peito aperta quando me lembro de ti, mas mesmo nesse dilema, quero vivel-la, quero ter-te em meus poemas, preciso expressar o meu interior que está cheio de ti.

Abraço em seu coração Manu!
Sua amiga Pérola.

Maria disse...

Manuela que poema lindo de uma delicadeza que nos envolve.
Que bom passar por aqui.
Beijos
Maria

Aleatoriamente disse...

Manu ...És uma querida!
Você com suas palavras carinhosas, toca minha alma.É tão bonito te ler, tão terno.

Obrigada Manu por sua carinhosa visita.
Beijinho

Aleatoriamente disse...

Olá querida!
Passeando nesse cantinho iluminado, e cheio de carinho.

Beijinho

A.S. disse...

A mão da noite contorna o horizonte, acariciando uma silhueta em socalcos que o mar despiu, fundindo o horizonte...


Abraços!
AL

Anónimo disse...

Quanta delicadeza,
e muita sensibilidade!
Gosto muito!
Parabéns Manuela querida...
Beijos no core

Beatriz Bragança disse...

Querida Manelinha
O poder da «palma da tua mão»!
Como uma mão, na noite, pode alegrar-nos!Lembramo-nos dela e sentimos, até, o seu perfume. Do que as saudades são capazes!
Deste-nos um maravilhoso poema, em que a Natureza se alia ao teu estado de alma.Bem romântico! Gostei!
Parabéns.
Um beijinho
Beatriz