Ouvi-te no som morto
das
águas planas
Encontrei-te no nunca
do
tempo ansioso por nascer
Agora
vejo-te no jardim da
noite
onde o mocho
pia o teu
nome
no lago
dos segredos por dizer
Enxergo estátuas em
ciprestes
beijo o abstrato da
sombra
morrendo no abraço que
deste
Porém
a música que tocavas
continua
em
paulatinos silêncios de alegria
que
escrevo na alma da lua
Manuela Barroso, in "Eu Poético"