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sábado, 25 de julho de 2015
Sentinela...
Os mistérios escondem-se aos olhos que olham, não aos olhos que teimam ver. Acomodamo-nos às pedras toscas, sem formas, sem mensagem.
O Homem ainda não esculpiu o seu pensamento com o cinzel do seu olhar.
Caminhamos indiferentes ao que é" invisível aos olhos" na pressa incontida de inaugurar as exposições da criatividade humana. E tudo se torna normal, correto, num evento social com pupilas que se retraem a cada flash, a cada gesto de exaltação física de admiração.
E o Homem, naturalmente, cresce com o fruto da sua concentração agora visivelmente concreta , física, "palpável".
...e passamos e olhamos...
...e não vemos.
Os passos ficam escritos no solo, deixando as memórias impressas na areia que em breve os apagará. Mas não as memórias encondidas em cada pegada .Essas continuarão...
Em contra-luz, como que se esquivando à beleza do painel que preenche a tela, em algodões de óleo macio, nos tons quentes da quietude de fim de tarde, uma rocha aparentemente disforme.
Olho. Volto a olhar e tento ver, decifrar...
...E indiferente ao bater das ondas, guardando, o céu e areal, li um fiel amigo, cabeça erecta, patas bem assentes nos rabiscos da areia, vendo o resto dos homens a correr, a passear, estendendo o seu olhar atento, entre o sol longo e o mar.
Que disse que o "essencial é invisível as olhos"?
E há tanto para admirar!
Manuela Barroso, "Divagando"
sábado, 18 de julho de 2015
sábado, 4 de julho de 2015
Saudades
...e como te queria
no coração dos meus dias
abrindo clareiras
matando fogueiras
deitadas no chão
como eu queria
no segredo da tarde
colher-te entre os lírios
morrem-me as horas.
morrem-me as horas.
Manuela Barroso
LIRICO.4.7.15
LIRICO.4.7.15
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