Seguidores

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Ocaso[s]



Os dias são ocasos dos teus minutos.
Repousas e saboreias o calor das cores do poente. Nele mergulham as tuas interrogações e o êxtase na grandiosidade deste Belo que te fala, mudo.
Cada dia é o ocaso de ti.
Ouve o cântico do sol e se puderes, sorri.

Manuela Barroso

      FELIZ 2015




 Obrigda, Gracita!
Feliz 2015!



sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Caíam




CAÍAM pedaços de sol
na janela branca
redobrando a luz morna
que ia já dentro da cortina mole.
também ela dançava
com o vai e vem do pensamento
asa larga, sem controle.

nos braços
o peso compacto  do nosso corpo 
e
num só bailado
desciam as margens
rumo ao mesmo porto.


Manuela Barroso, "EU Poético VI"

                              

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Rosas

As palavras são sombras opacas na avenida da tua cor.
sacode-se de ti a beleza raínha da florescência cândida
no desenho feito de febre, na luminosidade das tuas asas.

quem te fez assim feiticeira no algodão doce das tuas sedas?
que lume atravessa o sorriso diáfano de cada pétala tua?
és o poema feito flor, mesmo que o vento sopre, deixando-te nua.


Manuela Barroso


( As minhas rosas de maio, 2014. Clique para ampliar)

domingo, 22 de junho de 2014

Lírios

 Quero apertar-te no colo do meu peito
Ergo as mãos à espera de ti escondendo o beijo
no livro da minha pele. E demoras .
Soltam-se os braços; caem numa última sedução, 
chamando o teu olhar.
Sorrio-te na labareda suave das minhas cores 
que iluminarão outras flores no silêncio noturno
Vem.
Espero-te na casa da madrugada


Manuela Barroso

( Clique para ampliar)

Cores e flores de Mim
Junho, 2014

quinta-feira, 5 de junho de 2014

CONVITE

Com palavras nasceu amizade
da amizade nasceram laços
e é com eles que vos convido 
com os mais ternos abraços

para o nosso "LAÇOS"

Beijo!

Manuela Barroso 










 Do meu bom e querido amigo Sol de Esteva,(acordarsonhando.blogspot.com)
 com a gratidão das autoras(coracaoentrepalavras.blogspot.com e anjo azul).


Um projeto com a iniciativa do Editor da Versbrava.


domingo, 4 de maio de 2014

No Silêncio

 Imagem da net

           
No silêncio da copa das árvores escrevi o teu nome.
No segredo do vento, enfeitei-te de beijos escritos nas
folhas, em lábios azuis tremendo de frio.
Neste ninho verde, projectei mistérios onde me refugio.       
Debato-me com os encantos da alma ouvindo-os na brisa
que despenteia os  cabelos numa indiscreta carícia
e rebeldia.
Os olhos balouçam nos braços desta árvore que os vejo
como teus, onde me deixo prender como um laço, numa
imagem doce que teimo não esquecer

Manuela Barroso                                          






Amo-te, Mãe!

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Páscoa




"Pai, porque Me abandonaste?"
...e expirou.


            ***

Mas não morreu
porque amou
subiu em silêncio
ressuscitou

         ***
Amo-te
no meu silêncio

Manuela Barroso




Para todos os meus amigos/as, Páscoa Feliz



domingo, 16 de março de 2014

És




És o voo
que entorna o azul
no céu da minha alma.

No segredo dos teus olhos
fazes nascer-me em sonhos
nas folhas tenras
da primavera.

Os lírios de desejo
são as pétalas
caídas
à espera de teu beijo!


Manuela Barroso
Imagem: Net


domingo, 23 de fevereiro de 2014

Que importa...



Que importa o nevoeiro do dia
se tenho a luz da noite para te beijar?
caírei como as estrelas fugidias
dorminindo em teus braços
enquanto houver luar
e no mar do silêncio
serei a sereia
em lençóis de espuma
dormindo na areia
em sonhos de pluma

     Manuela barroso, "Eu Poético VI"
    Imagem: Net

                  

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

ALDEIAS DE XISTO - LOUSÃ


...e por entre a bruma, os passos escorregam na calçada roída pelo tempo.
O silêncio das pedras fala da presença das gentes. 
São agora as heras que escorregam na face lavada pelo nevoeiro que passeia como um fantasma pelo espelho dos caminhos de xisto.


A civilização rouba a riqueza pacífica da serra e dos telhados que agora cobrem somente gatos e solidão.
A chuva miúda corre, gaiata, pela laje luzidia de encontro à cortina de bruma. A Serra da  Lousã, ora se aninha, ora se ergue de mimosas ainda verdes, perscrutando a aldeia faminta de vozes de crianças que já não pedem para nascer.



A cidade enjoa.
Na memória sobram contos de fadas e princesas.
... o Homem sonha, a obra quer nascer.
.... o castelo ergue-se no xisto em ameias de faz de conta...


As janelas abertas com comando descansam na cidade maravilha.
A nostalgia das telhas com beirais onde antes faziam ninhos os pardais, os canteiros de fetos e musgo e as escadas íngremes são agora refrigério para a inquietude dos dias.
E entra-se num reino de nada e de tudo. Não existe vazio se a casa da alma se enche de paz.
A porta fecha-se... entreaberta...
As janelas de tabuinhas são olhos de espanto, enfeitados com o rímel do crochet "démodè"
A lareira acende-se.
O fumo regurgita pela chaminé diluindo-se com o nevoeiro.
...e um entardecer bondoso cobre Serra e Xisto num bálsamo de silêncio.
...e é tudo para se sentir feliz!


Manuela Barroso

"Pelas Aldeias de Xisto"



sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Parabéns, Beatriz!




Para ti
onde as palavras ficam mudas à tua porta
para ti
onde os sentimentos são a nobreza que define a tua vida
para ti
onde a luz pede mais brilho ao teu sorriso
para ti
onde o tempo trouxe mais tempo ao tempo da saudade
onde até o tempo cada vez mais se alonga com os gestos da tua bondade!

Para ti, Beatriz
o meu obrigada
por esta amizade sem mancha.

Tal como tua alma branca.

Que colhas hoje e sempre os Parabéns
e Felicidades do Universo.

E meus também!

Abraço!


Manuela Barroso
 Um carinho!