Um nó ou um escape?
Não adianta a fuga se não há outro refúgio. Ou haverá? Talvez haja refúgios. Ou para fugir ao pesadelo, ou para procurar a paz, ou como esconderijo. Mas aqui já não é refúgio. É prisão.É a miserável condição de falta de liberdade. Ou in-justiça? Os justos não temem e sofrem menos por terem a inocência a seu lado; os injustos são os errantes , cedo ou tarde dormirão na teia que teceram.
E vive-se neste nó que não nos pertence mas que nos sufoca . E fazemos parte dele. Não podemos fugir porque nos ata.Oprime.
E se pudéssemos escapar?
E voltamos ao refúgio/ esconderijo dos indigentes de paz.Frio. Vazio
Mas queremos o REFÚGIO, o nosso refúgio por que lutamos, pelo refúgio construído e idealizado por nós, pelo nosso trabalho e construído pelos nossos sonhos. Sonhos cada vez mais pesadelos que amordaçam os dias cada vez mais acelerados . Será possível ainda o sonho?
Será esse o túnel por onde sairemos à procura de luz.
Imagem e texto de
Manuela Barroso