Janelas de vidro
Sombras de metal
Nuvens fugidias
Pingas de cristal
Janelas de vidro
São olhos da alma
Leituras
do tempo
Palavras
ao vento
Sussurradas
com calma!
Tapetes de musgo
Sob os carvalhais
Rebentos escondidos
Em posições fetais
Janelas
de vidro
Escondidas
no peito
Lendo
a voz do vento
Silêncio em que me deito
Mas quem diria
Que por uma janela
A noite se faz dia
(Que arte mais bela!)
E traz
estrelas com ela!