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domingo, 17 de julho de 2016
Origens
Longe, o mundo corre e a miséria humana expande-se.
O sossego é interrompido pelos estropiados e pelos famintos de tecto e de pão. Na impotência de dar a mão aos tresmalhados, caímos na exaustão a caminho de um abismo de que desconhecemos os contornos.
A cidade mais despovoada, torna-se um palco cada vez mais estranho. Fica uma sensação estranha de voltarmos às origens. Para tal basta -nos água e um berço, mesmo de pedra, onde um Calor mais completo mate esta fome de paz com cantos de pássaros e o redemoinho das águas.
Eh! tu que corres sem saberes para onde vais, espera-me na curva da estrada!
A vida pesa-me e antes que pare, quero matar a sede dessa água que te rodeia. Não quero mais nada...
Manuela Barroso
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