Como César, ao pé do Rubicão,
“ Álea jacta est ”, eis - me,
na Espanha,
Nesta, desoladora, condição,
De ovelha, tresmalhada, na
montanha.
A Terra é sempre a mesma,
mesmo estranha.
Do sentimento, a pátria é
invenção:
Na geografia, só se lavra e
amanha
a terra, que se traz, no
coração.
Eu odeio civismos imbecis:
Nascer, grego ou romano, que
tem isso?
Nasce, num charco, a larva e
é feliz.
Fronteiras!... A ambição foi
o feitiço.
A Terra é, toda ela, um só
país,
E, sinto-me, feliz, ao saber
disso!
Florentino Alvim Barroso, in “Vento
e Ventanias”, Edium Editora-2012
16 comentários:
Oi!
Belo poema. Amei.
Grande abraço
Socorro Melo
Lindo e acho que cada um de nós devia lembrar sempre disso: A Terra toda ela, é um só país! Adorei! Ótimo fds! bjs, chica
Belo poema que nos recorda que as fronteiras somos nós que as erigimos, dentro e fora de nós. As que levantamos no nosso íntimo são as piores. São elas que nos inibem e fazem que não possamos reconhecer nos outros os seres que nos espelham.A terra é realmente o nosso elo.
Parabéns ao autor e obrigada por no-lo trazer.
Bom fim de semana, minha amiga.
Bj
Olinda
シ
O planeta é de todos, não deveria ter barreiras!...
Deveríamos ser uma família só, a família dos humanos.
Cada um tem um cantinho especial no coração!...
Bom sábado com tudo de bom!
Beijinhos.❀ミ
❀˚° ·.
Lindo soneto Manuela, e tão oportuno, quando se voltam a levantar novos muros, trágicas fronteiras da morte, antecâmara de um outro holocausto que se anuncia!...
Um abraço!
AL
Um olhar, fortalecido na convicção, sobre a irredutibilidade do nosso destino, imune a fronteiras...
Gostei!
Um bom final de semana :)
É sempre com muito prazer que por aqui me passeio...
Sem fronteiras...
Bjo, amiga :)
Devemos nos amar sem fronteiras de raça ou de cor...
Muito lindo, Manuela!
Beijos!
Adorei o poema...
A Terra é una! São os homens que insistem em erguer barreiras e divisões de toda a espécie... para justificar os seus jogos de poder e ambição, ao longo dos tempos...
A imagem está perfeita! Absolutamente irrepreensível!
Passando por aqui... enquanto a net o permite... problemática, aqui por estes lados, onde vou permanecer por mais umas semanitas... deixando um beijo imenso... e matando saudades...
Até breve, Manuela!
Ana
Um poema excelente. "A Terra é, toda ela, um só país". Era preciso que se lembrassem disso no caso dos que fogem da guerra e do medo...
Um beijo.
sim não devia haver fronteiras, nem raças, nem credos...
:(
Boa tarde, a fronteira é um meio de protecção, dizem alguns argumentando a favor dos seus interesses, certo é que ninguém pediu para nascer aqui ou acolá nem escolheu a cor, como tal, é mais que certo quando se grita, "TODOS DIFERENTES TODOS IGUAIS."
ag
Subscrevo totalmente o conteúdo deste poema.
Bjs.
Irene Alves
Ouvi o vento e a música
Procurando um porto na madrugada
Ouvi a chegada de um navio
Julguei sentir uma voz amada
Meu Armando, meu amor...
Uma criança jogando lama ao meio dia
Embrenhada e perdida na alma
Com rimas colorindo pálpebras de nostalgia
Doce beijo
Lindo soneto com uma bela reflexão desta universalidade.
Aplausos amiga, voce faz bem feito.
Minha admiração sempre.
Abraços com carinho.
Bju de paz
Olá Manuela! Creio que já tinha lido este poema e tinha sublinhado "a terra, é toda ela um país" por ter achado tão premente este poema de Florentino Alvim Barroso, nos tempos que correm... Obrigada e parabéns ao autor.
Um beijo.
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