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domingo, 17 de julho de 2016
Origens
Longe, o mundo corre e a miséria humana expande-se.
O sossego é interrompido pelos estropiados e pelos famintos de tecto e de pão. Na impotência de dar a mão aos tresmalhados, caímos na exaustão a caminho de um abismo de que desconhecemos os contornos.
A cidade mais despovoada, torna-se um palco cada vez mais estranho. Fica uma sensação estranha de voltarmos às origens. Para tal basta -nos água e um berço, mesmo de pedra, onde um Calor mais completo mate esta fome de paz com cantos de pássaros e o redemoinho das águas.
Eh! tu que corres sem saberes para onde vais, espera-me na curva da estrada!
A vida pesa-me e antes que pare, quero matar a sede dessa água que te rodeia. Não quero mais nada...
Manuela Barroso
sábado, 18 de junho de 2016
Nuvens
domingo, 12 de junho de 2016
Memórias
sexta-feira, 3 de junho de 2016
Simplicidades de Maio
Flor Silvestre |
Mesmo o sol subindo, iluminando toda a Terra,
outros raios cintilam imitando a sua cor.
Mais uma vez, o alto é o cume onde é suposto o
ser humano almeja atingir. Mas se as fragilidades
nos impedirem tal alcance, outra música acordará
os olhos para resgatar o que prometemos cumprir.
Saber olhar para baixo, é uma forma de subir.
MBarroso
segunda-feira, 30 de maio de 2016
Unicidades
No universo do chão, onde os buracos negros
são as águas das minas profundas e frescas, ma-
tando a sede misteriosa do oculto dos paleontó-
logos, saltam estrelas da terra.
Simplicidade, beleza, perfeição
nas estrelas do céu azul, como nas do chão.
MBarroso
quinta-feira, 19 de maio de 2016
Instintivamente
Um comportamento de vincada presença.
Muitas vezes temos que fazer ouvir bem alto a nossa voz para obrigar a despertar
domingo, 1 de maio de 2016
Sem nome
Lavando os olhos por entre o verde dos prados, deparo com um esboço de flor.
Que nome terás que nem no alto da minha serra nunca te vira?
Como as surpresas da vida, assim fiquei, mirando-a, como se esperando que me falasse.
"Nome tenho. Sou flor . Estou à espera do meu tempo para sorrir para estas pequeninas irmãs que me cercam."
Continuando na caminhada, o pensamento debatia-se entre a humildade do seu altivo pedúnculo e a altivez de tantos botões vazios...
Manuela Barroso
segunda-feira, 18 de abril de 2016
Verde Pino
"Ai flores, ai
flores do verde pino,
se sabedes novas
do meu amigo?
Ai Deus, e u é?
...
Se sabedes novas
do meu amigo,
aquel que mentiu
do que pôs conmigo?
Ai Deus, e u
é?"
Cantiga de amigo,
D. Dinis.
Ai pólen de flores
do verde ramo
onde mora a honra
do prometido
que é também meu
amado?
Ai Deu e u é"
Sabede , donzela
que hoje não há prometido (s)
porque o que agora
pensas amar
amanhã é
comprometido.
Embala-te e enquanto esperas
terás tempo para sonhar.
Novo mundo. Outras esferas.
Novo mundo. Outras esferas.
Manuela Barroso
sábado, 9 de abril de 2016
Despertando
O tempo não espera. E os rebentos despertam em campainhas de folhas tímidas,
transformando, em breve, uma existência de sombra, num palácio de alegria.
MBarroso
domingo, 3 de abril de 2016
Escondida
Escondida no bosque invernoso, deserto e húmido estavas lá, vestida de jóias.
Vi-te e demorei em ti o meu olhar.
E tens a perfeição das mais belas rainhas.
MBarroso
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