Que a Festa de o Novo Ano que agora começa, seja a esperança de outras alegrias.
Para todos os amigos e amigas, Feliz Ano Novo !
Manuela Barroso
Que a Festa de o Novo Ano que agora começa, seja a esperança de outras alegrias.
Para todos os amigos e amigas, Feliz Ano Novo !
Manuela Barroso
LOAS AO MENINO JESUS
Hoje escrevo de branco
como o floco de neve
que cobre com o seu manto
as palhinhas ao de leve
Não acordem o Menino
acabado de nascer
num cantinho pequenino
onde ninguém quis viver
É nesta simplicidade
que Ele nasce sem trono
sem ouros e sem vaidade
que a beleza da humildade
é ter tudo como uma ave
ser o cântico da liberdade
não ser servo nem ser dono.
Foi a boa nova que trouxe
a doutrina que deixou
e como se fosse pouco
deu a vida porque amou!
Obrigada, meu Menino,
contigo nada mais foi igual
tão bom ser-se pequenino
Obrigada pelo teu Natal!
Manuela Barroso
Desejo Feliz Natal e Feliz Ano
Novo
Hoje acordou-me o rio de todos os afectos
Algumas das rosas do meu jardim
que vos ofereço neste dia 1º de Maio, dia do TRABALHADOR com o meu abraço!
Feliz Mês de Maio!
A beleza do lirio do vale e a força da fonte no regato que corre na encosta do monte
manto de seda cobrindo as manhãs que abrigam os charcos onde cantam as rãs...
Com os maiores votos de uma Páscoa Feliz para todos.
Se a Tua existência não sensibilizou o coração dos Homens
Que a Tua morte os desperte para o mistério da Vida.
Manuela Barroso
Os campos
longínquos e verdes eram barcos no mar do meu pensamento.
Os olhos ausentavam-se nas encostas risonhas dos meus montes com rugas
em regatos cantantes e alegres, fugindo ao encontro dos botões das
giestas
e aromas de rosmaninhos.
Nos cabelos atrevidos e esvoaçantes dos choupos, penduravam-se rouxinóis
vestindo penas de primaveras meninas, em êxtases de cantos embriagantes,
repercutindo-se em ecos nos montes de nuvens dispersas no azul sereno e
transparente do Vazio celeste.
O vento indeciso, leve, era a vibração que acordava esta alegria interior, num
lago
de anónimas águas, num mutismo contemplativo.
Pensamentos mergulhavam de encontro aos seixos redondos em amêndoas coloridas.
Neste espelho mudo, as recordações boiavam nos penachos amarelos em jardins de Páscoa e começavam a sorrir embaladas no sono da saudade.
O canto do rouxinol ondulava nas curvas do pensamento, percorrendo agora a paisagem
colorida das glicínias, numa canção enternecedora e tranquila, escrita em memórias de sinos pascais.
E como uma nuvem, deixei-me envolver nesta melodia, flutuando nas
recordações
que se teciam também na saudade dos meus vestidos rodados de crepe e laços de
seda...
Uma imagem se criava em mim, recordando a Vida na morte do Filho do Homem.
Na cortina do tempo, abro hoje a janela, sorvendo a Páscoa do meu dia, na Paz que se faz em mim.
Manuela Barroso
(reeditado)